A Grande Voz da Nova Geração do Fado
Biografia 2021
“Ocasionalmente, uma nova voz lembra-nos que o Fado tradicional ainda está bastante vivo.
(…) Sara Correia tem uma voz incrível.”
**** in Songlines
“Diz que nasceu para isto e é difícil duvidar”
**** in Público
“A Sala explode em aplausos quando chega a vez de Sara Correia”
In Visão
“Outra coisa que não falta a Sara Correia: muita pinta”
In Observador
“O seu álbum homónimo e de estreia mostra o seu talento como intérprete, com uma voz
poderosa e carismática que projeta a intensidade, a essência e a paixão do fado.”
In World Music Central.org
“A sua voz tem muito poder e não há dúvida que Sara Correia tem um talento sério.”
In Entertainment Focus
“A sua voz rouca de alto-contralto ainda projeta a intensidade das raízes da música que ela
cresceu a ouvir”
In All About Jazz
Desde muito cedo que Sara Correia é presença habitual nas melhores casas de fado da cidade
de Lisboa. E, por isso, canta com a propriedade e força de quem cresceu no fado.
Em setembro de 2018, editou o seu álbum de estreia, o homónimo “Sara Correia”. “Tenho
uma identificação muito grande com os temas que constroem este disco, revejo-me em todas
as histórias e elas definem-me enquanto fadista. Por isso, decidi intitulá-lo com o meu nome
próprio”, explica a fadista.
Vive o fado desde criança. O facto de ter crescido numa família fadista ajudou-a a que desde
cedo vivesse rodeada de música e de músicos e a viver essa vida de uma forma bastante
natural.
“Foi tudo tão rápido. Eu vou aos fados desde muito menina, tenho família fadista e comecei a
cantar desde cedo”, lembra.
Ainda assim, houve um momento que foi particularmente marcante neste início de percurso e
que a levou a decidir que se ia dedicar por inteiro ao fado. “Quando participei e venci a Grande
Noite do Fado de Lisboa senti que era isto que queria fazer”, recorda. Sara Correia tinha
apenas 13 anos quando se consagrou vencedora da Grande Noite do Fado e, logo de seguida,
é convidada para cantar numa das casas de fado mais míticas da cidade, a Casa de Linhares. Aí
teve o privilégio de cantar e aprender ao lado de grandes nomes do fado, nomeadamente
Celeste Rodrigues, Jorge Fernando, Maria da Nazaré, entre outros. Todos eles “foram e serão
sempre a escola de se ser fadista”, afirma Sara.
Aliás, para si a experiência da casa de fados é fundamental. “Pisar casas de fado é muito
importante, obrigatória, a meu ver. É onde se ganha a mão do canto, onde ganhamos a nossa
identidade, a encarar noite após noite a cantar como a coisa mais séria da nossa vida. Todas as
grandes fadistas de hoje e de sempre tiveram a casa de fados como raiz”.
Cresceu e aprendeu a ouvir Amália Rodrigues, “fadista inteira” que tanto a inspirou no
caminho que traçou até hoje, em todas as suas vertentes, mas Sara Correia tem também como
referências outras grandes vozes, como Fernanda Maria, Beatriz da Conceição e Hermínia
Silva.
Ainda em 2018, o seu talento captou a atenção do realizador francês Joel Santoni, que a
convidou a cantar “Grito”, de Amália Rodrigues, para a sua série “Une famille formidable”.
Foi, ainda, convidada por Diogo Varela Silva a participar no seu filme “Alfama em Si”,
retratando a Severa, personagem histórica que é um verdadeiro símbolo do fado, integrando
um elenco composto por alguns dos melhores artistas portugueses.
“Sara Correia”, o primeiro álbum editado com o selo da Universal Music Portugal, foi criado
em parceria com o produtor Diogo Clemente. Participaram nele músicos como Ângelo Freire –
“que é, sem dúvida, um génio da guitarra portuguesa desta geração” –, o mestre Marino de
Freitas no baixo, Vicky Marques nas percussões e Ruben Alves no piano.
Em Portugal, a crítica celebrou a estreia de Sara Correia e aplaudiram unanimemente aquela a
quem chamaram a “grande voz da nova geração”. O álbum valeu-lhe, em 2019, duas
nomeações na primeira edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa, nas categorias
“Artista Revelação” e “Melhor Álbum de Fado”, o Prémio Revelação da Rádio Festival e mais
de 30 concertos e plateias rendidas em países como Espanha, Coreia do Sul, Noruega, Itália,
Áustria, Ilhas Reunião e, já em 2020, na India, Bélgica, Holanda e Chile.
Entretanto, lançou em setembro de 2020 “Do Coração”, o seu segundo disco de estúdio,
novamente produzido e concebido em parceria com Diogo Clemente. Com o fado tradicional,
onde imprime o seu poder como ninguém, convivem temas escritos e compostos para a sua
voz, tornando-os Fados. É disso exemplo aquele que foi o primeiro single do disco, “Chegou
Tão Tarde”, com letra e música da jovem compositora Joana Espadinha. Carolina Deslandes,
Luísa Sobral, António Zambujo – com quem canta em dueto no álbum – Jorge Cruz e o já
citado Diogo Clemente são disso exemplo.
O ano de 2021 continua a sorrir a Sara Correia. Logo no início do ano, a fadista foi convidada
para se apresentar ao vivo no concerto de inauguração da Presidência Portuguesa do
Conselho da União Europeia, no Centro Cultural de Belém, onde cantou acompanhada pela
Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pela maestrina Joana Carneiro, ao lado dos
consagrados Camané, Carminho e Ana Moura. No concerto, teve oportunidade de
homenagear o mestre Carlos do Carmo.
Em 2021 o álbum “Do Coração” venceu um dos PLAY – Prémios da Música Portuguesa, na
categoria “Melhor Álbum de Fado”. Sara Correia estava nomeada ao lado da icónica Mariza,
por “Mariza Canta Amália”, Cuca Roseta, por “Amália Por Cuca Roseta”, – ambos álbuns de
tributo à lenda do Fado Amália Rodrigues -, e Buba Espinho, pelo seu álbum homónimo de
estreia. Além da importante vitória, Sara Correia ainda atuou ao vivo na gala.
Em julho do mesmo ano a fadista reeditou o aclamado e premiado “Do Coração”. A nova
versão, intitulada “+ Do Coração”, inclui o alinhamento original e três temas extra, gravados ao
vivo: “Antes Que Digas Adeus”, “Os teus Recados” e “Alfama”. A reedição foi acompanhada
por um concerto disponibilizado no YouTube, gravado em outubro de 2020 no âmbito do
Festival Internacional Cervantino, o maior evento cultural da América Latina. Nesta intensa
atuação Sara Correia interpretou temas do álbum “Do Coração” e dois fados eternizados por
Amália Rodrigues, “Alfama” e “Fado Português”, uma forma de assinalar o centenário da
lendária fadista, que se celebrou em 2020.
No mesmo mês foi editado o hino à lusofonia “Meu Bairro, Minha Língua”, música da autoria
do rapper brasileiro Vinicius Terra, que aborda a redescoberta das nossas raízes, heranças
culturais e relações históricas. A fadista foi uma das grandes embaixadoras da lusofonia
escolhidas para interpretar o tema, a par de Dino D’Santiago, Elza Soares, Linn da Quebrada e
o próprio Vinicius Terra. A canção assinalou a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em
São Paulo, no Brasil, e faz parte do acervo do mesmo desde a sua reabertura, a 31 de julho de
2021, após as obras de recuperação que se sucederam ao incêndio em 2015. O projeto
resultou, ainda, numa websérie de 8 episódios e Sara Correia trouxe para a iniciativa um
pouco das suas vivências, sonhos e encontros com a música e o fado no seu próprio bairro.
2021 trouxe um desafio inédito a Sara Correia – uma colaboração criativa com o artista
plástico Tony Cassanelli – num repto lançado pelo projeto Lisboa Criola, do qual nasceu um
documentário e uma escultura. Mas não só, novembro revela que a fadista tem uma
participação na primeira série portuguesa da Netflix, “Glória”, num cameo que é uma
referência ao encontro histórico entre o saxofonista americano, Don Byas, e Amália Rodrigues.
No entanto, 2021 ficaria invariavelmente marcado pela nomeação de Sara Correia ao mais
importante prémio mundial de música, o Grammy Latino. Se este é um objetivo a longo prazo
de qualquer carreira, Sara Correia consegue-o ao segundo registo de originais, “Do Coração”,
numa nomeação para Melhor Álbum de Raízes Portuguesas. Além da nomeação, Sara é
convidada para participar na cerimónia de entrega dos prémios, como apresentadora, em Las
Vegas, a 18 de novembro de 2021.
“Quero é Viver”, um original de António Variações de 1983, rompe o silêncio logo no início de
2022, numa versão interpretada por Sara Correia para o genérico da novela prime-time da TVI
com o mesmo nome. A canção atinge, na semana de lançamento, os tops digitais e as
tendências do YouTube.
Com a guerra a irromper na Ucrânia, Pedro Abrunhosa convida Sara Correia para participar no
seu tema “Que o Amor te Salve nesta Noite Escura” por ocasião do concerto solidário Uma
Voz pela Paz. O single, lançado a 25 de março, sobe rapidamente às tendências do YouTube e
atinge o #3 desta concorrida lista com todas as receitas a serem doadas à organização WE
HELP UKRAINE.
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