T-Rex de nome civil Daniel Benjamim começou por dar nas vistas em meados de 2018 com Chá de Camomila, um EP que continha singles como “Chá Preto” e que sucedia a temas anteriores como “My Way, lançado em Setembro de 2017. Mas foi em 2018 que o seu especial som – mistura de Rap, R&B e Trap e de outras cadências futuristas – começou a fazer levantar cabeças. Depois, em 2020, o EP Gota D’Espaço reforçou certezas sobre o enorme talento de um artista que recusa rótulos, preferindo inventar as suas próprias fórmulas. Em entrevista de apresentação desse trabalho, Rex sublinhava o quanto gostava de fundir estilos, reafirmando a sua versatilidade e o seu amor pela parte lírica dos temas, características que contribuem decisivamente para a profunda originalidade da sua arte. Tudo isso – o incansável trabalho de palco, a entrega física e extrema aos seus fãs, o cuidado nos vídeos e a séria abordagem ao estúdio, à produção e ao refinamento dos temas – estará bem reflectido em Cor D’Água. Entretanto, antes ainda de Cor d’Água ser revelado, surge Castanho, um trabalho que já foi antecipado com peças como “Pra Mim” ou “Toma Conta” que em pouco mais de um mês já se acercam em números conjuntos do seu primeiro milhão de visualizações. É mais uma inequívoca prova da criatividade de T-Rex, um capítulo intermédio na sua história escrito, produzido e interpretado inteiramente pelo próprio artista num sinal de que é perfeitamente capaz de enfrentar a pressão do presente em modo solitário.
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