Tainá aterrou em Portugal vinda do seu Brasil natal, onde estudou música à revelia da família, trabalhando na escola para pagar o seu curso. Com 21 anos gravou um disco de estreia em Lisboa, quando se propunha gravar apenas uma maquete. O talento transbordante não cabia numa demo, nem sequer num EP, pelo que urgia registar toda aquela música cheia e prístina, até à última nota, à derradeira palavra, ao silêncio final…
Passeava Tainá pelas ruas de Lisboa, quando se juntou espontaneamente a uma jam de um grupo de músicos e foi desafiada a cantar “Corcovado”, de Tom Jobim. No final soube que se tratava da banda de Erlend Øye, dos Kings of Convenience, que no dia seguinte actuava a solo no Capitólio, em Lisboa. Convidada a assistir ao concerto, Tainá cantava à porta do Capitólio quando Erlend Øye a ouviu e se lhe juntou e, impressionado, propôs-lhe actuar na primeira parte dos seus dois concertos seguintes em Portugal. Mas estes e outros factos transformam-se em histórias fascinantes quando relatados por Tainá, exímia contadora, cantora e compositora, que em “Sonhos” revela apenas o primeiro capítulo de uma estreia notável.
O namoro oficial da artista com o público português começa hoje e continua ao longo de todo o verão, em vários concertos de norte a sul do país, com datas e locais a revelar em breve, que antecipam a edição do disco prevista para meados de Setembro. Porque há paixões de verão que se transformam em amores de uma vida.
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